Organizações tradicionais buscam inovar cada vez mais no modo de gerir seus processos internos para seguirem competitivos e relevantes frente ao cenário atual de complexidade de transformação digital. Uma das grandes apostas é a adoção de métodos ágeis — abordagem de gestão de projetos que surgiu na indústria de software, baseados em ciclos iterativos e incrementais que trazem adaptabilidade e flexibilidade por meio de equipes autônomas com capacidade de se auto-organizar — que prometem dar uma resposta à altura aos desafios do século XXI. Afinal em um mundo cada vez mais rápido e complexo, ser ágil parece ser a melhor resposta. Um desafio e tanto para organizações tradicionais com processos rígidos para não dizer burocráticos.
Princípios do Manifesto Ágil:
- Indivíduos e interações são mais importantes que processos e ferramentas
- Software funcionando é mais importante do que documentação completa e detalhada
- Colaboração com cliente é mais importante do que negociação de contratos
- Adaptação a mudanças é mais importante do que seguir o plano inicial
Será possível criar uma cultura ágil em empresas tradicionais de grande porte? Ou é apenas uma utopia? Por onde começar?
Muitas empresas começam criando hubs de inovação em locais distintos de seus escritórios centrais (para não se influenciarem por suas culturas atuais), contratam pessoas do mercado com experiência em métodos ágeis com o objetivo de testar modelos e replicá-los em outras áreas. Outras, começam implantando ferramentas como Kanban ou Scrum em projetos que requerem equipes multidisciplinares.
Seja lá qual for a forma que sua organização decida adotar, é importante que os líderes sejam facilitadores e guardiões deste processo, afinal trata-se de uma mudança não apenas de procedimentos internos mas da forma como as pessoas interagem, colaboram e se auto-organizam.
Frederic Laloux, autor do livro Reinventando as Organizações, afirma que “uma organização não consegue evoluir além do estágio de desenvolvimento de sua liderança”. Portanto, a alta direção deve ser não apenas o sponsor do projeto, como apoiar a nova cultura e ser o exemplo em todas as suas atitudes e decisões mesmo que erros ocorram no caminho! Neste sentido, desenvolvimento contínuo da liderança é um dos fatores de sucesso para este processo. Afinal, abrir mão do controle, colaborar, negociar, delegar e permitir que a equipe se auto-organize são habilidades que não se aprendem de uma hora para outra.
Outro fator de extrema importância é entender a cultura da organização como parte de um sistema composto por 4 quadrantes a seguir:
A cultura é influenciada pelo resultado de ações nos quadrantes Individual-Interno (crenças e valores individuais dos colaboradores), Individual-Externo (comportamentos) e Coletivo-Externo (processos e sistemas).
Um engano comum é achar que a implementação de uma ferramenta ágil como Scrum ou Kanban (4o. quadrante, sistemas organizacionais) vai levar necessariamente a uma cultura ágil. Para que a cultura ágil floresça na organização é necessário criar ações e medir resultados também nos outros quadrantes. Daí a importância dos líderes facilitadores capazes de criar ações nas quatro áreas.
O que sua organização tem feito para fortalecer crenças e valores individuais, fomentar comportamentos adequados para a nova cultura e implantar processos e sistemas para que ela seja realmente ágil?
Quais são as crenças, comportamentos, habilidades e competências que os líderes da sua organização precisam desenvolver para serem facilitadores de processos ágeis, levando a sua organização ao próximo nível de desenvolvimento?
Esta é a pergunta que norteia o trabalho da cuidadoria no desenvolvimento de líderes. Se você quiser saber mais sobre, conheça nossa metodologia ou marque um café conosco!