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Você é Um Líder Acima da Média?​

Por Thianne Martins

Qual é o lado B do sucesso e que danos uma visão de crescimento infinito pode estar nos causando? Como reinventar o sucesso e em que exemplos podemos nos basear para prosperar enquanto nos mantemos saudáveis e equilibrados como indivíduos e líderes?

 

Esta pergunta pode parecer um tanto inusitada, mas com certeza você também deve ter aprendido que sucesso é sinônimo de ganho individual e que para sermos competitivos, precisamos subir a barra todos os dias… sendo assim, como um líder pode manter-se acima da média?

 

Algumas reflexões possíveis diante desta pergunta: por que queremos estar acima da média? Qual é a importância de ser importante? O sucesso real é algo individual ou compartilhado?

 

A reflexão que nos move tem a ver com transferirmos para nossa perspectiva individual a mesma crença de boa parte do mundo organizacional — do crescimento infinito. Um paradigma que, além de estar levando muitos profissionais ao burnout, tem implicações gravíssimas na sociedade e no planeta.

 

Talvez esteja na hora de crescermos mais em valores humanos, colaboração e sucesso compartilhado… Mas como reinventar o conceito de sucesso e crescimento infinito? Em que exemplos podemos nos basear para prosperarmos e nos mantermos saudáveis como indivíduos, times, organizações e planeta?

 

Na perspectiva humana, Kristin Neff — PHD em desenvolvimento moral pela Universidade de Denver, em seu trabalho sobre auto-compaixão, pontua algo fundamental para entendermos este direcionamento ao sucesso individual e à competitividade: a diferenciação entre autoestima e e auto-compaixão.

 

A todo tempo somos bombardeados por imagens e chamados que reforçam a importância da autoestima. Porém, autoestima pressupõe comparação. Para termos uma boa autoestima precisamos estar melhores do que os outros, mais bonitos, sarados, competentes, inteligentes, especiais… A comparação deflagra a competitividade. Para sermos especiais, precisamos estar acima dos demais.

 

Kristin traz inclusive o exemplo de motoristas que, quando entrevistados sobre o quanto se consideravam bons ao volante, diziam, em grande maioria, que dirigiam melhor que a média. Imagine, se todos ou a maioria de nós estivermos acima da média, estamos todos no mesmo patamar. A diferença existe apenas na nossa imaginação e o pior, nutre comparações, infelicidade, separação e, em um âmbito maior, como grupos, religiões, raças, pode gerar os discursos de ódio e violência.

 

Na maioria das organizações, o mesmo ocorre. Muitas vezes nos levamos a extremos, comprometendo nossa saúde e relações, para termos sucesso. Como sair desta corrida de ratos e atuarmos de forma diferente, para sairmos da espiral da comparação e da competitividade insalubre para uma perspectiva de colaboração e sucesso conjunto?

 

Como toda mudança começa com o indivíduo, Kristin Neff traz a auto-compaixão como um caminho possível. Bem diferente a autopiedade ou da auto-indulgência (muita gente confunde), compaixão tem a ver com ação benéfica. Sendo assim, a auto-compaixão tem a ver com compreendermos nossa humanidade comum, nossos defeitos e limitações como algo natural e tratarmos a nós mesmos como trataríamos um amigo, observando com honestidade nossos sentimentos e vozes de internas autocrítica e, a partir de um olhar de bondade, fazer escolhas mais coerentes e livres da comparação e da competitividade nociva.

 

É possível fazer uma interface clara entre o que ocorre conosco individualmente e o que espelhamos no mundo. Se a todo tempo colocamos uma exigência de crescimento infinito sobre nós mesmos, fazemos o mesmo com nossas equipes, com nossa empresa, com nossa sociedade e finalmente com o mundo. E neste jogo terminamos sozinhos.

 

Mas quando entendemos que compartilhamos, além de nossa humanidade — mesmos sentimentos, desafios, sofrimentos e aprendizados — também a nossa casa que é o planeta Terra, entendemos que sucesso pode significar prosperidade, mas não crescimento infinito. Na natureza, tudo cresce até um certo ponto e depois para, mas a vida continua prosperando, aprendendo, inovando!

 

Quer ser um líder acima da média? Que tal compartilhar o seu melhor para que seu time prospere junto com você?! Isso é liderança evolutiva.

 

Dica: o TED Talk da Kristin Neff sobre autoestima e auto-compaixão é imperdível e está neste link.

Qual é o lado B do sucesso e que danos uma visão de crescimento infinito pode estar nos causando? Como reinventar o sucesso e em que exemplos podemos nos basear para prosperar enquanto nos mantemos saudáveis e equilibrados como indivíduos e líderes?

Esta pergunta pode parecer um tanto inusitada, mas com certeza você também deve ter aprendido que sucesso é sinônimo de ganho individual e que para sermos competitivos, precisamos subir a barra todos os dias… sendo assim, como um líder pode manter-se acima da média?

Algumas reflexões possíveis diante desta pergunta: por que queremos estar acima da média? Qual é a importância de ser importante? O sucesso real é algo individual ou compartilhado?

A reflexão que nos move tem a ver com transferirmos para nossa perspectiva individual a mesma crença de boa parte do mundo organizacional — do crescimento infinito. Um paradigma que, além de estar levando muitos profissionais ao burnout, tem implicações gravíssimas na sociedade e no planeta.

Talvez esteja na hora de crescermos mais em valores humanos, colaboração e sucesso compartilhado… Mas como reinventar o conceito de sucesso e crescimento infinito? Em que exemplos podemos nos basear para prosperarmos e nos mantermos saudáveis como indivíduos, times, organizações e planeta?

Na perspectiva humana, Kristin Neff — PHD em desenvolvimento moral pela Universidade de Denver, em seu trabalho sobre auto-compaixão, pontua algo fundamental para entendermos este direcionamento ao sucesso individual e à competitividade: a diferenciação entre autoestima e e auto-compaixão.

A todo tempo somos bombardeados por imagens e chamados que reforçam a importância da autoestima. Porém, autoestima pressupõe comparação. Para termos uma boa autoestima precisamos estar melhores do que os outros, mais bonitos, sarados, competentes, inteligentes, especiais… A comparação deflagra a competitividade. Para sermos especiais, precisamos estar acima dos demais.

Kristin traz inclusive o exemplo de motoristas que, quando entrevistados sobre o quanto se consideravam bons ao volante, diziam, em grande maioria, que dirigiam melhor que a média. Imagine, se todos ou a maioria de nós estivermos acima da média, estamos todos no mesmo patamar. A diferença existe apenas na nossa imaginação e o pior, nutre comparações, infelicidade, separação e, em um âmbito maior, como grupos, religiões, raças, pode gerar os discursos de ódio e violência.

Na maioria das organizações, o mesmo ocorre. Muitas vezes nos levamos a extremos, comprometendo nossa saúde e relações, para termos sucesso. Como sair desta corrida de ratos e atuarmos de forma diferente, para sairmos da espiral da comparação e da competitividade insalubre para uma perspectiva de colaboração e sucesso conjunto?

Como toda mudança começa com o indivíduo, Kristin Neff traz a auto-compaixão como um caminho possível. Bem diferente a autopiedade ou da auto-indulgência (muita gente confunde), compaixão tem a ver com ação benéfica. Sendo assim, a auto-compaixão tem a ver com compreendermos nossa humanidade comum, nossos defeitos e limitações como algo natural e tratarmos a nós mesmos como trataríamos um amigo, observando com honestidade nossos sentimentos e vozes de internas autocrítica e, a partir de um olhar de bondade, fazer escolhas mais coerentes e livres da comparação e da competitividade nociva.

É possível fazer uma interface clara entre o que ocorre conosco individualmente e o que espelhamos no mundo. Se a todo tempo colocamos uma exigência de crescimento infinito sobre nós mesmos, fazemos o mesmo com nossas equipes, com nossa empresa, com nossa sociedade e finalmente com o mundo. E neste jogo terminamos sozinhos.

Mas quando entendemos que compartilhamos, além de nossa humanidade — mesmos sentimentos, desafios, sofrimentos e aprendizados — também a nossa casa que é o planeta Terra, entendemos que sucesso pode significar prosperidade, mas não crescimento infinito. Na natureza, tudo cresce até um certo ponto e depois para, mas a vida continua prosperando, aprendendo, inovando!

Quer ser um líder acima da média? Que tal compartilhar o seu melhor para que seu time prospere junto com você?! Isso é liderança evolutiva.

Dica: o TED Talk da Kristin Neff sobre autoestima e auto-compaixão é imperdível e está neste link.